quinta-feira, 22 de novembro de 2012

IV FEIRA REGIONAL DE CIÊNCIAS E CULTURA


A 9ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação – CREDE, por meio do Núcleo Regional de Desenvolvimento da Escola - NRDEA, realizou a IV Feira Regional de Ciências e Cultura, no dia 14 de novembro de 2012, na EEEP José Maria Falcão, em Pacajus. 


A IV FEIRA REGIONAL DE CIÊNCIAS E CULTURA representa mais uma ação de incentivo ao desenvolvimento de trabalhos científicos e culturais no âmbito das escolas públicas de abrangência da 9ª CREDE. Além disso, é um espaço rico de possibilidades para a expressão da criatividade e para o desenvolvimento das habilidades do aluno, do professor e da escola no campo da pesquisa.

Destacamos como ponto alto da programação, a visitação aos estandes dos trabalhos de iniciação científica nas áreas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências Ambientais, Robótica Educacional e dos Projetos Interativos, tornando o ambiente propício à investigação, a troca de experiências, despertando a curiosidade e o interesse do público presente.

As Feiras Regionais de Ciências e Cultura buscam, fundamentalmente, ampliar o espaço para o desenvolvimento da curiosidade científica, em sua dimensão histórica, social e cultural, considerando os questionamentos que nascem das experiências, expectativas e estudos teóricos dos estudantes cearenses.

Após a avaliação dos trabalhos apresentados, foi divulgado o resultado dos projetos selecionados em 1º, 2º e 3º lugares, de acordo com as áreas específicas, e a entrega de troféus e medalhas. 
A nossa escola ganhou troféu e medalhas nas seguintes categorias: Robótica Educacional, Ciências Humanas e Linguagens. 

O projeto Despertando o Gosto pela Literatura ganhou 1º lugar na área de Linguagens e Códigos. Como professora coordenadora, gostaria de parabenizar todos os educandos da EEEP José Maria Falcão, pois foram vocês que fizeram o sucesso deste projeto, foi a dedicação e o trabalho de vocês que fizeram o projeto crescer e ser reconhecido dentro e fora da escola. Este troféu é apenas um reconhecimento de nosso trabalho, da nossa dedicação, de nosso empenho em disseminar a cultura da leitura em nossa escola, em nosso bairro, em nossa cidade. Parabéns! 

Agora, é hora de torcer por este trabalho na VI Feira Estadual de Ciência e Cultura, que acontecerá dias 5,6 e 7 de Dezembro, em Fortaleza.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Trabalho Avaliativo 1º Ano



1. (ENEM 2004) O poema abaixo pertence à poesia concreta brasileira. O termo latino de seu título significa "epitalâmio", poema ou canto em homenagem aos que se casam.
 Considerando que os símbolos e sinais são utilizados geralmente para demonstrações objetivas, ao serem incorporados no poema "Epithalamium II",

(A) adquirem novo potencial de significação
(B) eliminam a subjetividade do poema
(C) opõem-se ao tema principal do poema
(D) invertem seu sentido original
(E) tornam-se confusos e equivocados.

2. (ENEM 2004) A conversa entre Mafalda e seus amigos
(A) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir
(B) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e de respeito entre as pessoas
(C) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento e respeito entre posições divergentes
(D) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de ideias
(E) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências


Tatuagem 

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para não proceder a manobras de ressuscitação em caso de parada cardíaca. 
(Mundo Online, 4, fev., 2003) 

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.
– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa.
Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.
– “Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca” – ditou ela –, “favor não proceder à ressuscitação”.
Uma pausa, e ela continuou:
– “E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”
Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia.
Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.
– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.
Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.
Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.
(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.) 

3- O trecho da crônica que mostra que o cronista inspirou-se em um fato real é
(A) a notícia, retirada da Internet, que introduz a crônica.
(B) as manobras de ressuscitação praticadas pelos médicos.
(C) a reprodução da conversa entre a secretária e o tatuador.
(D) a história de amor entre a secretária e o tatuador.

4- O fato gerador do conflito que constrói a crônica é a secretária
(A) ser mais jovem que a enfermeira da notícia. (B) concluir que a vida não vale a pena.
(C) achar romântica a história da enfermeira (D) ter se envolvido com o tatuador.

5- Um trecho do texto que expressa uma opinião é
(A) “Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa.”
(B) “O homem não comentou; perguntou apenas o que era para ser tatuado.”
(C) “A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.”
(D) “Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde.”

6- O trecho do texto que retrata a consequência após o encontro da secretária com o tatuador é
(A) “Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia”.
(B) “Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar”.
(C) “E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la”.
(D)” Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem”.



Pessimismo e otimismo

Achar que um pessimista pode ser um tipo interessante é coisa de otimistas – e eu assino embaixo. Confesso, aliás, que tenho uma séria inclinação para o pessimismo, mas entendo que ela se deve, justamente, à porção de otimismo que também está em mim. Não, leitor, não alimento o prazer de formular paradoxos gratuitos; deixe-me fundamentar este.
Os otimistas costumam achar muita graça no mundo, seja porque já a encontraram, seja porque estão certos de que ainda a encontrarão. Mas às vezes esse otimismo é tão grande que passa a ser demasiado exigente, e só se contentará com o êxtase da suprema felicidade. Como esta é raríssima, e quando chega costuma ser passageira, o otimista passa a temperar sua expectativa com um pouco de pessimismo só para engrandecer ainda mais o êxtase almejado. Complicado? Mas quem disse que somos simples?
Outro dia recortei da Internet este fragmento de um blog, que vai um pouco na direção das minhas convicções: Penso que a maioria das pessoas tende a associar pessimismo a inatividade e paralisia, e otimismo a entusiasmo e iniciativa. Via de regra, é precisamente o oposto que é verdadeiro: em seu deslumbramento, os otimistas, que diante de tudo se ofuscam, a nada se apegam. Por outro lado, em sua lucidez, aos pessimistas é dado enxergar na escuridão a imagem do que lhes seria essencial, e sentemse como ninguém compelidos a agarrar-se a ela.
É isso. O pessimista não é inimigo das idealizações, muito pelo contrário. E alguém já disse: Sou pessimista de cabeça e otimista de coração. A frase é esperta, pois leva a admitir um convívio ameno entre as inclinações para a mais rigorosa lucidez e para a mais generosa sensibilidade. Mas é também verdadeira: qualquer um de nós pode admiti-lo durante a simples operação de folhear um jornal. O homem-bomba resolveu sacrificar-se na companhia de quinze adversários políticos? A humanidade não tem jeito. O pequeno e sofrido país asiático teve sua independência reconhecida e amparada pela ONU? Nem tudo está perdido. No noticiário da TV, e ao vivo: o marido enciumado seqüestrou a própria mulher e ameaça matá-la diante das câmeras? O mundo é mesmo um horror... Horas depois, ainda ao vivo, o homem depõe a arma e entrega-se à polícia, aos prantos? Esta vida é comovente...
Pensando agora em nosso país: haverá algum outro que tantas razões dê a seus cidadãos para serem otimistas e pessimistas a um tempo? Parece já fazer parte da nossa cultura esse amálgama de expectativas contrárias: ora “o Brasil não tem jeito mesmo”, ora “este é o melhor país do mundo”. Diante dos extremos, as pessoas sensatas recomendam o equilíbrio que nega as polaridades, pois “a verdade está no meio”. Pois eu prefiro manter a opinião de que a verdade dos otimistas é, no fundo, uma aliada da verdade dos pessimistas. A prova de que não somos uma coisa só está em cada dia que amanhece: o leitor acordou hoje pessimista ou otimista? Seja qual for a resposta, só posso lhe dizer: – Conserve-se assim, e até amanhã.
(Sérgio Ruiz Taborda)

7. Considerando-se o contexto, pessimismo e otimismo são considerados pelo autor do texto como inclinações:
(A) alternadas e inconciliáveis.
(B) contraditórias e complementares.
(C) opostas e inconciliáveis.
(D) definitivas e excludentes.
(E) equivalentes e harmônicas.

8. Os pessimistas não são inimigos das idealizações porque,no fundo, eles:
(A) as preservam como o parâmetro de uma negatividade essencial.
(B) as descartam apenas para um maior desfrute dos prazeres cotidianos.
(C) lhes atribuem a virtude de nos encerrar numa prazerosa imobilidade.
(D) lhes atribuem a faculdade de relativizar o valor das altas expectativas.
(E) as consideram um caminho seguro para a experiência dos êxtases.

9. Considere as seguintes afirmações:
I. O autor do texto justifica a formulação de paradoxos gratuitos ao considerá-la um válido e necessário
recurso estilístico.
II. A introjeção de algum pessimismo num otimista deve-se, por vezes, a um altíssimo grau de expectativa
por êxtases supremos.
III. Os jornais e os noticiários de TV levam-nos a emoções ambivalentes porque nosso humor é extremamente variável.

Está correto SOMENTE o que se afirma em:
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) II e III.
(E) I e II.

10. Considerando-se o contexto, encontram-se numa relação opositiva os seguintes elementos do texto:
(A) esta é raríssima / costuma ser passageira.
(B) demasiado exigente / rigorosa lucidez.
(C) seu deslumbramento / sua lucidez.
(D) convívio ameno / generosa sensibilidade.
(E) nossa cultura / amálgama de expectativas contrárias.

11. Veja a charge abaixo e disserte sobre o assunto tratado na mesma.


12. Leia os textos abaixo.

“A crueldade do trabalho infantil é um pecado social grave em nosso País. A dignidade de milhões de crianças brasileiras está sendo roubada diante do desrespeito aos direitos humanos fundamentais que não lhes são reconhecido: por culpa do poder público, quando não atua de forma prioritária e efetiva, e por culpa da família e da sociedade, quando se omitem diante do problema ou quando simplesmente o ignoram em decorrência da postura individualista que caracteriza os regimes sociais e políticos do capitalismo contemporâneo, sem pátria e sem conteúdo ético.” 
(Xisto T. de Medeiros Neto. A crueldade do trabalho infantil. Diário de Natal. 21/10/2000.)

“Submetidas aos constrangimentos da miséria e da falta de alternativas de integração social, as famílias optam por preservar a integridade moral dos filhos, incutindo-lhes valores, tais como a dignidade, a honestidade e a honra do trabalhador. Há um investimento no caráter moralizador e disciplinador do trabalho, como tentativa de evitar que os filhos se incorporem aos grupos de jovens marginais e delinqüentes, ameaça que parece estar cada vez mais próxima das portas das casas.” 
(Joel B. Marin. O trabalho infantil na agricultura moderna. www.proec.ufg.br.)


“Art. 4o. – É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
(Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.)


Com base nas idéias presentes nos textos acima, redija uma dissertação sobre o tema:

O trabalho infantil na realidade brasileira. 
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

Observações:
• Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.
• O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
• O texto deve ter, no mínimo, 15 (quinze) linhas escritas.