Sentado naquela praça, procurava distrair-me observando as moléculas brincando enquanto aguardava a condução que não vinha. Foi quando deparei-me com a cena que procuro descrever, tal qual a vi.
Dona Hipotenusa caminhava lentamente, trazendo no colo Cateto, seu filho. Seu marido Isósceles caminhava logo atrás do tio, Escaleno. Formavam um triângulo amoroso, segundo diziam.
E observaram uma Tangente solitária que ali estava. Foi quando Bissetriz, moça afoita e apressada, tropeçando em um ângulo obtuso, caiu, machucando-se na diagonal. Acudiram todos, em uma espiral descendente.
"É a enésima vez que caio", dizia a moça.
"É preciso derivar a exponencial cúbica", observou um logaritmo que chegava, passeando com seu decimal de estimação.
Cateto riu, o que deixou a Bissetriz em um estado secante, quase chorosa. Foi D. Hipérbole que, traçando paralelas com os braços, a socorreu.
Hipotenusa, ao ver sua irmã recém-chegada, recriminou-a pelo atraso poligonal sem se dar conta de que estava, ela também, milimetricamente atrasada. Um quilômetro lotado virou a esquina; Isósceles e Escaleno fizeram menção de subir, mas desistiram, enquanto Tangente decidiu ir mesmo assim, já que estava atrasada para mais infinito.
Da condução desceram os irmãos Próton e Nêutron, que logo perceberam estar na equação errada. Pequenos átomos alçaram vôo em direção à pirâmide de uma elipse perfeita. Os irmãos eram, opostos pelo vértice - um côncavo, o outro convexo - e logo passaram a discutir:
"Seu pleonasmo, não viu que ainda não era a Paroxítona? Estamos na Proparoxítona!"
A discussão parecia aquecer em graus Celsius, quando chegou a autoridade. O Máximo Divisor Comum chegou impondo uma regra de três simples, incógnita à mostra, brandando em sustenido:
"Chega desta metáfora aqui!"
Foi quando chegaram as três irmãs Próclise, Mesóclise e Ênclise, sorvendo vogais enquanto discutiam quem ia à frente, no meio ou atrás da fila que se formava à espera da condução. O polígono chegou dirigido por Pitágoras, velho conhecido de D. Hipotenusa e do filho Cateto.
"Falta o outro", dizia enquanto desacelerava o vetor. Quando, por fim, a praça se esvaziou, observei Cosseno e sua mulher Mediatriz, que estava para ter um determinante em breve.
"É só uma fase", pensei eu, mas logo me dei conta de que são duas. "Mas elas vão passar. Ou melhor, eu vou." Entrei no ônibus.
REDAÇÃO NOTA DEZ :"É de autoria de Thaís Cortez, que discorreu sobre um tema livre, no Curso Objetivo Santo Amaro, publicado na edição de Setembro/2000 do BICO (Boletim Informativo do Colégio Objetivo).
FONTE: http://www.vestibular1.com.br/novidades/nov17.htm
terça-feira, 20 de julho de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
I Sarau Literário José Maria Falcão
Sarau era uma festa noturna, com o objetivo principal de apresentar as jovens à sociedade em busca de maridos. Havia declamação de poemas, poderia-se também tocar piano e cantar.A E.E.E.P. JOSÉ MARIA FALCÃO durante o Projeto Despertando o gosto pela Literatura realizou um sarau, coordenado pelos alunos que fazem o Clube de Leitura.
Na data marcada,30/6/2010, a escola abriu à noite e os alunos foram caracterizados e dançaram o minueto (dança da época),declamaram poesia... Os pais também foram convidados. Houve também a encenação da peça "Sonho de uma Noite de Verão", uma adaptação da obra de Shakespeare feita para a ocasião.
Um sarau (do latim seránus, relativo ao entardecer) é um evento cultural ou musical realizado geralmente em casa particular onde as pessoas se encontram para se expressarem artisticamente. Um sarau pode envolver dança, poesia, leitura de livros, música acústica e também outras formas de arte como pintura e teatro.
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