sexta-feira, 31 de maio de 2013

Despertando o Gosto pela Literatura

 Culminância da VII Etapa:


A I Mostra Literária JMF com a temática Modernismo: Ousadia e Inovação visa levar os educandos a refletirem sobre a ousadia dos modernistas dos anos 20 ao romper com as tradições e, a originalidade dos regionalistas de 30 ao retratar de uma maneira mitificada a vida do nordestino.

O Movimento Modernista foi liderado por jovens intelectuais avessos ao academismo o movimento teve início com a publicação do Manifesto Futurista e escandalizou a sociedade paulistana da época. Devido ao arrojo de seus precursores, o Modernismo brasileiro, que é, tradicionalmente dividido em três fases, teve a primeira denominada fase heroica. Empenhados em libertar-se de “uma série de recalques históricos, sociais, étnicos” os modernistas buscavam através de sua arte, a afirmação identitária de “um povo latino, de herança cultural europeia, mas etnicamente mestiço [...] influenciado por culturas primitivas ameríndias e africanas”. (CANDIDO, 2000, p. 119).

A Mostra contará com três ambientes que retratarão o Movimento Modernista: Fernando Pessoa e seus heterônimos, A Semana de 22, Manuel Bandeira; além de um memorial dos principais artistas do período, tais como Oswald e Mário de Andrade.

Durante o evento, a banda Set List apresentará o pocket-show: O amor e a seca na literatura – Um diálogo musical com a poesia. Este momento relaciona-se com todas as apresentações desde o amor carnal de Manuel Bandeira à seca nordestina presente em obras como Vidas Secas, passando pelo amor romântico encontrado em Romeu e Julieta e nas poesias de Vinicius de Moraes.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Círculos de Leitura recebe visita de representante do Instituto Fernand Braudel


No último dia 2 de maio, o círculo de leitura da EEEP José Maria Falcão recebeu a segunda visita da representante do Instituto Fernand Braudel, a assistente de projeto Mirela Mariano. O objetivo era avaliar e orientar o projeto que vem sido desenvolvido na escola desde agosto de 2010.





Mirela foi recebida pelos multiplicadores com poesia. Trabalhou-se a obra Otelo de Shakespeare e houve um momento para avaliar o desenvolvimento dos círculos da escola. Atualmente, a EEEPJMF tem 17 grupos com aproximadamente 160 alunos envolvidos.


Recepção da Mirela

Vale lembrar que o projeto Círculos de Leitura foi desenvolvido pela psicanalista Catalina Pagés, e consiste em práticas de leitura em que os estudantes sentam-se em pequenas rodas e leem em voz alta, com pausas para reflexões em grupo, buscando apoiar o jovem no desenvolvimento de sua identidade, cidadania e relacionamento com a comunidade.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Macunaíma, de Mário de Andrade

Imagem do filme homônimo de 1969

"Macunaíma" é fruto do conhecimento reunido por Mario de Andrade acerca das lendas e mitos indígenas e folclóricos. Dessa forma, pode-se dizer que a obra é uma rapsódia, que é uma palavra que vem do grego e designa obras tais como a Ilíada e a Odisséia de Homero. Para os gregos, uma rapsódia é uma obra literária que condensa todas as tradições orais e folclóricas de um povo. Além disso, na música (Mario de Andrade tinha formação musical também) uma rapsódia utiliza contos tradicionais ou populares de certo povo em temas de composição improvisada.

Há, ainda, uma aproximação ao gênero épico: à medida que o livro narra, em trechos fragmentados, a vida de um personagem que simboliza uma nação. Sobre a acepção musical dada pelo dicionário, chama atenção o improviso da narrativa, que impressiona e surpreende a cada momento, tendo como pano de fundo a cultura popular.




O enredo dessa rapsódia pode tornar-se confuso ao leitor acostumado ao pacto de verossimilhança realista. Por exemplo, é necessário aceitar o fato de o protagonista morrer duas vezes no romance; ou, então, que Macunaíma, em uma fuga, possa estar em Manaus e, algumas linhas depois, aparecer na Argentina; ou ainda o fato de o herói encontrar uma poça que embranquece quem nela se banha.



A verossimilhança em questão é surrealista e deve ser lida de forma simbólica. A cena em que Macunaíma e seus dois irmãos se banham na água que embranquece pode ser entendida como o símbolo das três etnias que formaram o Brasil: o branco, vindo da Europa; o negro, trazido como escravo da África; e o índio nativo. Nessa cena, Macunaíma é o primeiro a se banhar e torna-se loiro. Jiguê é o segundo, e como a água já estava “suja” do negrume do herói, fica com a cor de bronze (índio); por último, Manaape, que simboliza o negro, só embranquece a palma das mãos e a sola dos pés.



Atividades
Em 2013, completam-se 85 anos de sua primeira publicação. Estas atividades procurarão levantar algumas questões sobre o livro e o autor para lhe ajudar a compreender melhor a obra. É importante que você tenha lido ou assistido as aventuras de Macunaíma.

Veja os dois poemas a seguir:

         Vício na fala                                                      Macumba de Pai Zusé
Para dizerem milho dizem mio                                      Na macumba do Encantado
Para melhor dizem mió                                                Nego véio pai de santo fez mandinga
Para pior pió                                                               No palacete de Botafogo
Para telha dizem teia                                                    Sangue de branca virou água
Para telhado dizem teiado                                            Foram vê estava morta!
E vão fazendo telhados                                              (Libertinagem, Manuel Bandeira).
(Pau Brasil, Oswald de Andrade).

Podemos observar que a linguagem usada nos dois poemas se aproxima bastante com a que Mário de Andrade usa em seu livro. Dessa forma, faça uma leitura atenta dos dois poemas e responda as seguintes questões:
Atividades

a) Identifique nos poemas palavras grafadas e construções linguagem oral.


Os três escritores mencionados nesse exercício (Oswald de Andrade, Manuel Bandeira e Mário de Andrade) são contemporâneos e fizeram parte do movimento literário que ficou conhecido como Modernismo. O que você poderia dizer sobre as semelhanças entre os poemas apresentados?
No dia-dia pronúncias que fogem a norma culta da língua são chamadas de “vícios” e, assim, são menosprezadas constantemente. No poema “Vícios da fala”, de Oswald de Andrade, vemos muitas dessas pronúncias transcritas. Observe melhor os dois últimos versos “Para telhado dizem teiado /E vão fazendo telhados.” Pensando na camada social que é representante dessa modalidade lingüística descrita no poema, responda:

a) Como você interpreta essa fala que afirma que quem diz “teiado” faz “telhados”?


Leia o seguinte trecho de Macunaíma:

“Então passou Caiuanogue, a estrela-da-manhã. Macunaíma já meio enjoado de tanto viver pediu pra ela que o carregasse pro céu. Caiuanogue foi se chegando porém o herói fedia muito.
-Vá tomar banho! Ela fez. E foi-se embora.
Assim nasce a expressão “Vá tomar banho” que os brasileiros empregam se referindo a certos imigrantes europeus.”


Em Macunaíma há a descrição de como foram criadas algumas das principais expressões usadas naquele período no Brasil. “Vá tomar banho” é uma expressão, no entanto, que perdura até os dias atuais, porém com uma utilização diferente da descrita no livro.

a) Compare o uso de “Vá tomar banho” no período do livro com o atual, pensando nas mudanças de contexto e do próprio significado da expressão. Atente também para o significado inicial dessa expressão no livro Macunaíma.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Semana de 22


Histórico

Inserida nas festividades em comemoração do centenário da independência do Brasil, em 1922, a Semana de Arte Moderna apresenta-se como a primeira manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o século XIX. Entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, realiza-se no Theatro Municipal de São Paulo um festival com uma exposição com cerca de 100 obras e três sessões lítero-musicais noturnas. Entre os pintores participam Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ferrignac, John Graz, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Yan de Almeida Prado e Antônio Paim Vieira, com dois trabalhos feitos a quatro mãos, e o carioca Alberto Martins Ribeiro, cujo trabalho não se desenvolveu depois da Semana de 22. No campo da escultura, estão Victor Brecheret, Wilhelm Haarberg e Hildegardo Velloso. A arquitetura é representada por Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel. Entre os literatos e poetas, tomam parte Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Mário de Andrade (1893 - 1945), Menotti del Picchia, Oswald de Andrade, Renato de Almeida, Ronald de Carvalho, Tácito de Almeida, além de Manuel Bandeira com a leitura do poema Os Sapos. A programação musical traz composições de Villa-Lobos e Debussy, interpretadas por Guiomar Novaes e Hernani Braga, entre outros.



Sem programa estético definido, a Semana desempenha na história da arte brasileira muito mais uma etapa destrutiva de rejeição ao conservadorismo vigente na produção literária, musical e visual do que um acontecimento construtivo de propostas e criação de novas linguagens. Pois, se existe um elo de união entre seus tão diversos artífices, este é, segundo seus dois principais ideólogos, Mário e Oswald de Andrade, a negação de todo e qualquer "passadismo": a recusa à literatura e à arte importadas com os traços de uma civilização cada vez mais superada, no espaço e no tempo. Em geral todos clamam em seus discursos por liberdade de expressão e pelo fim de regras na arte. Faz-se presente também certo ideário futurista, que exige a deposição dos temas tradicionalistas em nome da sociedade da eletricidade, da máquina e da velocidade. Na palestra proferida por Mário de Andrade na tarde do dia 15, posteriormente publicada como o ensaio A Escrava que Não É Isaura , 1925, ocorre uma das primeiras tentativas de formulação de idéias estéticas modernas no país. Nessa conferência, o autor antevê a importância de temperar o processo de importação da estética moderna com o nativismo, o movimento de voltar-se para as raízes da cultura popular brasileira. A dinâmica entre nacional e internacional torna-se a questão principal desses artistas nos anos subseqüentes. 
Os primórdios da arte  moderna no Brasil


Em 1913, estivera no Brasil, vindo da Alemanha, o pintor Lasar Segall. Realizou uma exposição em São Paulo e outra em Campinas, ambas recebidas com uma fria polidez. Desanimado, Segall seguiu de volta à Alemanha, só retornando ao Brasil dez anos depois, quando os ventos sopravam mais a favor. A exposição de Anita Malfatti em 1917, recém chegada dos Estados Unidos e da Europa, foi outro marco para o Modernismo brasileiro. Todavia, as obras da pintora, então afinadas com as tendências vanguardistas do exterior, chocaram grande parte do público, causando violentas reações da crítica conservadora. A exposição, entretanto, marcou o início de uma luta, reunindo ao redor dela jovens despertos para uma necessidade de renovação da arte brasileira. Além disso, traços dos ideais que a Semana propunha já podiam ser notados em trabalhos de artistas que dela participaram (além de outros que foram excluídos do evento). Desde a exposição de Malfatti, havia dado tempo para que os artistas de pensamentos semelhantes se agrupassem. Em 1920, por exemplo, Oswald de Andrade já falava de amplas manifestações de ruptura, com debates abertos.


Entretanto, parece ter cabido a Di Cavalcanti a sugestão de "uma semana de escândalos literários e artísticos, de meter os estribos na barriga da burguesiazinha paulistana." Artistas e intelectuais de São Paulo, com Di Cavalcanti, e do Rio de Janeiro, tendo Graça Aranha à frente, organizavam a Semana, prevista para se realizar em fevereiro de 1922. Graça Aranha, sob aplausos e vaias abriu o evento, com sua conferência inaugural "A Emoção Estética na Arte Moderna". Essa semana iria "revoltar aqueles que reagem movidos pelas forças do Passado."



A dispersão

Logo após a realização da Semana, alguns artistas fundamentais que dela participaram acabam voltando para a Europa (ou indo lá pela primeira vez, no caso de Di Cavalcanti), dificultando a continuidade do processo que se iniciara. Por outro lado, outros artistas igualmente importantes chegavam após estudos no continente, como Tarsila do Amaral, um dos grandes pilares do Modernismo Brasileiro. Não resta dúvida, porem, que a Semana integrou grandes personalidades da cultura na época e pode ser considerada importante marco do Modernismo Brasileiro, com sua intenção nitidamente anti-acadêmica e introdução do país nas questões do século. A própria tentativa de estabelecer uma arte brasileira, livre da mera repetição de fórmulas européias foi de extrema importância para a cultura nacional e a iniciativa da Semana, uma das pioneiras nesse sentido.


Os Sapos
Manuel Bandeira

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...

terça-feira, 16 de abril de 2013

Aulas de Reforço


Desde Fevereiro, estão acontecendo aulas de reforço de Língua Portuguesa para as turmas de 3º Ano, nas aulas de projeto, estudo e num horário extra, a 10ª aula. Esse reforço tem como objetivos:
  • Estimular a leitura; 
  • Oferecer apoio para os alunos realizarem um plano de autocorreção individual ou grupal, para que possam analisar seus erros ortográficos; 
  • Melhorar o desempenho dos educandos nas produções textuais, de acordo com as competências e habilidades das avaliações externas a que serão submetidos (ENEM, SPAECE);

sexta-feira, 22 de março de 2013

Dia da Água


DECLARAÇÃO DE AMOR

Por Clarice Lispector

Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.

Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-la – como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às vezes a galope.

Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança da língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega.

Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.

100 anos de Dorival Caymmi



Dorival Caymmi (Salvador, 30 de abril de 1914 – Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2008) foi um cantor, compositor, violonista, pintor e ator brasileiro.

Compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. Morreu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos, em casa, às seis horas da manhã, por conta de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos em consequência de um câncer renal que possuía havia 9 anos.Permanecia em internação domiciliar desde dezembro de 2007. Poeta popular, compôs obras como Saudade de Bahia, Samba da minha Terra, Doralice, Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, Rosa Morena.


Sucesso
O primeiro grande sucesso O que é que a baiana tem? cantada por Carmen Miranda em 1939 não só marca o começo da carreira internacional da Pequena Notável vestida de baiana, mas influenciou também a música popular dentro do Brasil, tornou-se conhecida a ponto de ser imitada e parodiada, como no choro "O que é que tem a baiana" de Pedro Caetano e Joel de Almeida ou na canção "A baiana diz que tem" de Raul Torres. Apesar das produções anteriores, as composições de Caymmi são as mais lembradas sobre a cultura baiana.
Caymmi e Jobim










…escrevi 400 canções e Dorival Caymmi 70. Mas ele tem 70 canções perfeitas e eu não.
— Caetano Veloso


Aprendizagem Cooperativa + Atividade Diagnóstica

No início do ano letivo, nas aulas de Língua Portuguesa,com as turmas de 3º ano foi realizada uma atividade diagnóstica, que é uma ferramenta para o professor descobrir o que os alunos já sabem e como resolvem as situações-problema. Para a realização da atividade foi usada a metodologia da Aprendizagem Cooperativa.
O resultado dessa sondagem é um direcionamento para as atividades e conteúdos que serão trabalhados ao longo do ano.

A Aprendizagem Cooperativa é uma metodologia na qual estudantes trabalham juntos em grupos heterogêneos para resolver um problema, concluir um projeto ou algum outro objetivo pedagógico. Para o desenvolvimento dessas atividades, os estudantes devem contar com a orientação de um professor ou de um facilitador que será responsável por garantir a presença dos cinco elementos básicos da Aprendizagem Cooperativa, necessários para a correta utilização do método.Estes cinco elementos básicos são: 
a) Interação social (face-a-face); 
b) Responsabilização individual; 
c) Desenvolvimento de habilidades sociais; 
d) Processamento de grupo; e 
e) Interdependência social positiva.
(JOHNSON &; JOHNSON, 1998).

sexta-feira, 8 de março de 2013

Centenário de Vinicius de Moraes


Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha", apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.

Por ocasião dos vinte anos da morte do poeta, em 2000, a Praia de Ipanema foi o palco de um show em homenagem a Vinicius, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica Brasileira,Roberto Menescal, Wanda Sá, Zimbo Trio, Os Cariocas, Emílio Santiago e Toquinho, interpretando composições de sua autoria.Em 2003, ano em que o poeta completaria seu 90º aniversário, foram lançados vários projetos em tributo à sua criação artística. Também foi lançado o website oficial de Vinicius.

Em 2013, ano de seu centenário, a escola de samba União da Ilha o homenageou tornando-o enredo. O carnavalesco Alex de Souza garante que o mesmo o público familiarizado com a vida e a obra do poeta e compositor vai se surpreender com o desfile da União da Ilha. "Eu conhecia o Vinicius e parte da obra dele. O carnaval proporciona coisas sobre a pessoa que você não faz ideia", afirmou Alex.

Confira a letra do samba-enredo da União da Ilha
Autores: Ginho, Júnior, Vinícius do Cavaco, Eduardo Conti, Professor Hugo e Jair Turra.
Intérprete: Ito Melodia.

Surgiu, ao som do mar, um poeta
Que brincava na areia
Na Ilha um menino, sempre a sonhar
Fez da sua vida um poema
E viveu a declamar
"Como é bom se apaixonar"!
Ó pátria amada, recebe esse menestrel!
Voz do morro na folia, Orfeu chegou, raiou o dia!
Levou a bossa no "Tom" d'alegria
Se é canto de Ossanha menina, então não vá!
Um berimbau vai ecoar...
Vem, meu camará!

"Menininha me chamou...vou pra Bahia
Sou da linha de Xangô...caô, meu guia
Odoyá...Yemanjá!
À bênção meu Pai Oxalá!"

Ê jangada...na luz da manhã já vai navegar
Segue pra Itapoã, no brilho do sol... é bom vadiar!
Um jeitinho que fascina
Num doce balanço que não tem igual
Quando abrir a Arca de Noé...
Um riso de criança em cada olhar
Enfim, o que importa é amar
A noite é sua passarela
O show não pode parar

Onde anda você..."Poetinha"?
Saudade mandou te buscar
A Ilha é paixão na Avenida
Mais que nunca é preciso cantar!