segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Contos que o tempo conta - Parte II
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Contos que o tempo conta - Parte I
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Senta que lá vem a história...
Podemos afirmar que contar histórias – assim como ouvi-las – é uma experiência humana insubstituível. É comum encontrarmos associados: o ato de contar histórias e o público infantil. De fato, um dos caminhos para integrar as crianças no universo cultural, construído ao longo dos séculos, é contar-lhes histórias imaginativas. Além da função de resgate da cultura, essa atividade proporciona momentos em que o ouvinte trabalha mais intensamente, e de maneira individualizada, o seu imaginário. Há, contudo, uma omissão imperdoável nessa crença de que apenas as crianças gostam e devem ouvir histórias. Os adultos recebem, com igual prazer, encantamento e curiosidade.
Tanto a transmissão oral como a escrita têm importância real em todos os tempos. Pensando nisto, resolvemos trabalhar nas escolas do município, com as crianças na Educação Infantil e no Fundamental I, incentivando as manifestações espontâneas do brincar e do imaginário. Percebemos que contar na escola é isso: usar todos os recursos pedagógicos, despertando o prazer pela leitura, pelo livro...
Durante esta etapa do Projeto Despertando o Gosto pela Literatura, os alunos da EEEP José Maria Falcão descobriram o sabor de tornarem-se contadores de histórias. Cada equipe selecionou um clássico da literatura infanto-juvenil para recontar usando as mais diversas técnicas de contação. A maior recompensa foi ver no rostinho daqueles jovens leitores o prazer de vivenciar um momento de leitura tão “gostoso” e divertido, resgatando a afetividade perdida em nosso cotidiano.
Através deste trabalho esboçamos a esperança de estar contribuindo no desenvolvimento de novos leitores e de ser ponto de partida para uma viagem infinita, a viagem ao mundo do conhecimento. Nesta perspectiva, na formação do hábito de leitura, nada substitui uma boa história contada, cantada, contada e cantada, gesticulada, ilustrada, dobrada em uma folha de papel... Contar histórias é também trocar idéias. Esperamos que as histórias sejam encaradas com muito prazer e que o livro seja entendido como um tapete mágico no qual voa a nossa imaginação...
Nosso trabalho culminará no dia 7 de dezembro com “Contos que o tempo conta...” uma pequena mostra de arte e literatura aqui na escola, expondo o resultado das experiências vividas pelas contações e pelas pesquisas feitas pelos nossos alunos sobre como a transmissão de historias – orais e escritas – aconteceu através dos anos.
“Ler uma história com o objetivo de contá-la é um exercício de costurar sonhos, de misturar emoções, é uma brincadeira de dar significado às palavras, um quebra-cabeça de desvendar nas ilustrações aquilo que as palavras não conseguiram traduzir, e mais ainda, transformar em gestos e expressões aquilo que extrapola e transcende o mero articular de palavras”
(Rodrigues: 2003)
domingo, 2 de outubro de 2011
Professores não são marginais
Eis artigo do professor e antropólogo Antonio Mourão Cavalcante. Com o título “O Impasse continua”, aborda, no O POVO e em seu Blog, a greve dos professores estaduais e a peleja com o Governo do Estado, o que já chega a 57 dias.
Não gostaria de voltar ao assunto, mas as circunstâncias me obrigam. Refiro-me à greve dos professores. A agressão – chamar aquilo de confronto é um eufemismo bajulatório – quando professores foram barrados, agredidos e feridos. Foi a crônica da morte anunciada… Será que não se poderia esperar outra coisa do governador e de seu coadjuvante, o presidente da Assembleia Roberto Cláudio? Os dois abusaram não da força, mas da incompetência. Batalhão de Choque invadir Assembleia por causa de manifestação de professores? Estupidez. Aliás, esses dois jovens entraram na política de modo muito linear, não sabem o que é isso. Imaginam-se senhores absolutos do poder. São ingênuos…
Dos deputados eu esperava algo mais contundente. Batendo aquela porta, os professores pensavam encontrar canais de negociação e entendimento. Ledo engano. Os deputados tiraram uma onda de Pilatos. Lavaram as mãos enquanto os professores eram espancados. Pobre Legislativo que se acredita mais um grêmio literário que uma
Casa do Povo. Pois os mestres apanharam, diante deles, e eles não reagiram.
Fica claro, sobretudo para um grupo de parlamentares, o quanto a omissão foi grave. Refiro-me aos deputados identificados com de esquerda (PT, PC do B, PDT, PSB, etc.) que, abobalhados, não souberam reagir e não esboçam qualquer posição diante de tamanha violência.
Esqueceram as lutas. Acovardaram-se ao troco de migalhas do Poder. Para mim foi a decepção mais gritante.
Claro que essa manifestação dos professores é política. Essencialmente política. Não são marginais, nem bandidos ou assaltantes perigosos. Trata-se de cidadãos que buscam a consolidação de direitos assegurados por lei federal. “Se te calares, até as pedras clamarão.”
O impasse, alimentado pela empáfia do governador, está instalado. Os professores acabam de votar pela continuidade da greve. Estão decididos a não recuar. Vão mandar mais policiais? Vão convocar mais Batalhões? Precisa de mortos?
Senhores, a hora é muito séria para entregar a amadores.
Antonio Mourão Cavalcante – Médico, antropólogo e professor universitário
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Vem aí....
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Projeto Despertando o Gosto pela Literatura promove Roda de Leitura
"Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo.( Fernando Pessoa)
Com informações: brasilescola, colegiosantamaria, http://www.profala.com/arteducesp139.htm
terça-feira, 21 de junho de 2011
Atividades de Interpretação Textual - 1º Ano
Coisas que pegamos no quintal…
DE MARICÁ PARA MARICOLÁ
Bruxa bonita não tem vez!
Vejam vocês que Maricolá se jogou no mar porque suas irmãs, Maricá, e Marilá, a transformaram numa pessoa horrorosa. Ela estava pensando como recuperar sua vassoura para se locomover com mais facilidade, no fundo do mar ou quem sabe, até, voltar para o penhasco, quando...
Nesse instante bateram na porta. Marcelina, a sereia-secretária, veio nadando apressadinha, murmurou um “com licença” e foi atender.
Era o Peixe-Serra, o correio do fundo do mar, trazendo uma carta presa ao serrote.
- Diga pra dona da casa botar luz na entrada da gruta. Custei pra achar o número e isso não está certo! – queixou-se ele.
- Deve ter acontecido alguma coisa com os peixes de iluminação. Mas também, por que não trabalha de dia? São horas de entregar cartas?
- Aí no envelope está escrito “urgente”, o que quer dizer “o mais depressa possível”. Pode ser até uma questão de vida ou morte. Ande, menina! Corra pra dentro e entregue a carta. Se tiver resposta eu levo.
Marcelina obedeceu resmungando:
- Não é urgente coisa nenhuma! Está amarrada com uma pedrinha e isso quer dizer que é mais uma carta cheia de desaforos das bruxas do alto do penhasco. Dona Guiomar vai ler e jogar no lixo.
Mas depois viu que a carta estava endereçada a Maricolá. Estava escrito no envelope:
Exma. Srta.
Maricolá Alvissareira da Penha
Aos cuidados da Dona Guiomar Marazul
Alameda das Esponjas Vermelhas nº 25
URGENTE
- Aquela bruxa esquisita mal chegou e já está recebendo cartas, e ainda por cima, carta urgente – pensou Marcelina desconfiada. Entregou a carta a Maricolá e ficou parada diante dela olhando-a com grande curiosidade.
Era uma carta de Maricá. A bruxinha leu e fez a cara mais espantada do mundo. Nunca pensou que a irmã pudesse escrever uma coisa assim tão carinhosa. A carta dizia:
“Querida Franguinha Gorducha, como vai? Não se resfriou ainda na água fria? Estamos muito preocupadas e achamos que está na hora de você voltar. Sabe que se ficar mais tempo pode virar um marisco, um tubarão ou uma água-viva! Estamos mais do que preocupadas, estamos APAVORADAS.
Por favor, irmãzinha, pegue lápis e papel e escreva à sua vassoura, pedindo para ela ir buscar você. E depressa ouviu? A carta tem que ser enviada para a Praia do Mar-Virado. Eu e a Marilá vamos passar a noite lá, esperando.
Sete beijinhos para você.”
E depois vinha a assinatura:
“Maricá”
Maria Heloisa Penteado (Adaptado de Maricá, Marilá e Maricolá. )
Questão 01- Procure no texto as palavras que significam:
a) mais que preocupadas
b) morro alto de pedra
c) o mais depressa possível
d) carta destinada a Maricolá
Questão 02 - Responda as questões, de acordo com o texto:
a) Por que o Peixe-Serra pediu para botar luz na entrada da gruta?
b) Que motivo levou o Peixe- Serra a não esperar o dia para entregar a carta?
c) O que fez Marcelina pensar que a carta havia vindo do penhasco?
d) Por que Maricolá ficou espantada ao perceber que a carta era carinhosa e vinda de Maricá?
QUESTÃO 03 - Responda
a) Por que o texto se chama “De Maricá para Maricolá”?
b) Que outro título você daria para esse texto? Justifique sua resposta.
QUESTÃO 04 - Leia os fatos e complete com as causas que levaram cada um a acontecer.
a) Maricolá se jogou no mar.
Causa –
b) Maricá enviou uma carta a Maricolá.
Causa –
QUESTÃO 05 - A saudação da carta é “Querida Franguinha Gorducha...”
a) Por que será que Maricá saudou Maricolá dessa forma?
b) O que você pensa que Maricolá achou desse fato? Justifique sua resposta.
RELATÓRIO
Jorge Miguel
Senhor Superintendente
Tendo sido designado por Vossa Senhoria para apurar as denúncias de irregularidades ocorridas no aeroporto de Marília, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das diligências que nesse sentido efetuei.
No dia 23 de julho de 1988 dirigi-me ao senhor Raimundo Alves Correia, encarregado do aeroporto daquela cidade, para que permitisse fosse interrogado o funcionário João Romão, acusado de ter furtado uma máquina de escrever Olivetti n. 146.801, pertencente ao patrimônio do aeroporto. O acusado relatou-nos que realmente havia levado a máquina para casa na sexta-feira - 18 de março de 1988 - apenas para executar alguma tarefa de caráter particular. Não a devolveu na segunda-feira, dia 21 de março, porque faltou ao serviço por motivo de doença. Quando retornou ao serviço dia 28 de março, devolveu a máquina. A doença do acusado está comprovada pelo atestado que segue anexo ao presente relatório; a devolução da máquina no dia 28 de março foi confirmada pelo senhor Raimundo Alves Correia.
Do exposto conclui-se que me parece infundada a acusação. Não houve vontade de subtrair a máquina, mas apenas negligência do acusado em levar para casa um bem público para executar tarefa particular. Foi irresponsável. Não cometeu qualquer ato criminoso.
Não me convence seja necessário impor-se a instauração de processo administrativo. O funcionário deve ser repreendido pela negligência que cometeu. É o que me cumpre levar ao conhecimento de Vossa Senhoria.
Aproveito a oportunidade para apresentar-lhe protestos de minha distinta consideração.
São Paulo, 25 de julho de 1988 Cláudio da Costa
6. O relatório é um texto de tipo:
a. descritivo;
b. narrativo;
c. argumentativo;
d. poético;
e. dramático.
7. A finalidade principal do texto é:
a. orientar o superior na tomada de uma decisão;
b. documentar oficialmente um ato irregular;
c. discutir um tema polêmico;
d. fornecer dados para uma investigação;
e. indicar funcionários passíveis de punição.
8. Não consta(m) do relatório lido:
a. o cargo da autoridade a quem é dirigido;
b. o relato dos fatos ocorridos;
c. uma preocupação literária do autor;
d. as conclusões dos fatos analisados;
e. uma fórmula de cortesia final.
9. O item em que se mostra a forma abreviada correta de Vossa Senhoria é:
a. V. Sria.
b. V. Sra.
c. V. S.
d. V. Senh.
e. V. Sª.
10. O plural do verbo e do pronome em ''dirigi-me'' é:
a. dirigi-nos;
b. dirigimos-nos;
c. dirigimos-me;
d. dirigis-nos;
e. dirigimo-nos.
11. O estilo burocrático se caracteriza, entre outras coisas, pelo emprego de palavras desnecessárias; no primeiro parágrafo do texto são exemplos desse caso:
a. denúncias; ocorridas; apreciação;
b. ocorridas; apreciação; relatório;
c. apreciação; relatório; nesse sentido;
d. relatório; denúncias; ocorridas;
e. nesse sentido; ocorridas; apreciação.
12. As datas presentes no texto têm a finalidade textual de:
a. mostrar a evolução dos acontecimentos;
b. documentar os fatos citados;
c. criar a falsa impressão de verdade;
d. valorizar o trabalho do autor do relatório;
e. facilitar a leitura do relatório.
13. ''... que se anexa ao presente relatório.'' ; o item abaixo em que a concordância do vocábulo anexo está correta é:
a. Vai anexa o atestado médico;
b. Vão anexo o atestado e a foto do funcionário;
c. Estão em anexas as fotografias pedidas;
d. Está em anexo a declaração do réu;
e. Está anexo os documentos solicitados.
terça-feira, 31 de maio de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
II Museu da Literatura
sábado, 7 de maio de 2011
Dicas de Interpretação de texto
Não só os alunos afirmam gratuitamente que a interpretação depende de cada um. Na realidade isto é para fugir a um problema que não é de difícil solução por meio de sofisma (=argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e que supõe má fé por parte de quem o apresenta).
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa;
12. Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar um fundamento de lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta;
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;
17. O autor defende idéias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto.
Ex.: Ele morreu de fome.
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele").
Ex.: Ele morreu faminto.
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.;
19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idéias estão coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado.
Nota: Diante do que foi dito, espero que você mude o modo de pensar, pois a interpretação não depende de cada um, mas, sim, do que está escrito. "O que está escrito, escrito está."
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Sonho de uma Noite de Verão - Secretariado Escolar
No início do século XX em Monte Atena, Itália, o duque Teseu está prestes a se casar com Hipólita e, paralelamente, precisa resolver um problema, pois Egeu quer invocar uma lei para obrigar Hermia a se casar com Demétrio. Caso não concorde, ela se tornará uma freira, mas ela ama realmente Lisandro e está disposta a passar toda a sua vida em um convento a entregar sua virgindade para um homem que não ama. Ironicamente, Helena se desespera, pois ama Demetrio mas dificilmente poderá desposá-lo. Enquanto os mortais tentam resolver estas diferenças, Oberon, o rei dos duendes que habitam a floresta, ordena que Puck, um duende que lhe serve, coloque filtros mágicos nos olhos dos mortais, para resolver o problema. Mas Puck comete um erro que aumenta ainda mais a confusão. Paralelamente, Oberon se desentende com Titania, a rainha das fadas e a faz se apaixonar por Nick Bottom, um ator com cara de burro.
A turma de Secretariado recontou esta obra através de paródias,cordel,música e poesia. Foi genial!